quinta-feira, 12 de abril de 2012

Redenção [POOPCULTURE]


Nesta quinta-feira eu estreei minha coluna no blog The Poop Culture, a qual tem o nome 'Notas de Rodapé'. Nessa coluna será postada uma série de contos exclusiva chamada 'Redenção', que vai narrar a história de C., um suicida que recebe uma proposta misteriosa. Como eu disse antes, essa série de contos será exclusiva do Poop Culture, então se quiser ler, terás que clicar aqui (ou no link da imagem medonha acima).




segunda-feira, 9 de abril de 2012

The Poop Culture: um blog parceiro.

Olá criaturas celestiais cuja a presença se encontra aqui nesse blog (ohhh!), venho por meio desse post comunicar à vocês que eu fui convidado para participar do blog The Poop Culture (o qual começou a funcionar hoje, mas que terá muitas colunas legais com gente bacana postando). Toda quinta vocês poderão acompanhar minha coluna de nome 'Notas de Rodapé', aonde eu postarei séries de contos exclusivos - contos que ainda não foram postados e outros que serão postados apenas lá. (mas ainda assim continuarei postando contos e outras coisas aqui, não se esqueçam).
Curtam também nossa página no Facebook:  http://www.facebook.com/Poopculture




E sintam-se livres para visitar o blog Contos Arton, que é praticamente um e-book narrando uns conflitos bem legais de Arton.



quinta-feira, 15 de março de 2012

O Bosque


  O rapaz caminhou de forma desnorteada pela rua, parecendo não lembrar direito o caminho da sua destinação. Sendo assim, parou próximo à uma árvore e procurou se orientar. Parecia finalmente ter achado o que procurava. Entrando em uma espécie de bosque, se deparou com uma garota de cabelos tom de sépia, trajando uma bela jaqueta vermelho-escuro e jeans rasgados, sentada em um banco próximo ao lago. Com um cigarro aceso em uma das mãos, colocou-o na boca e olhou em direção ao rapaz que seguia em sua direção.
– Eu sabia que ia encontrar você aqui. – falou o rapaz com um sorriso no rosto.
– Bem... foi o lugar o qual você me deixou, não é mesmo, Valter? – respondeu a moça, tentando não tirar o olhar de seu cigarro.
– É... sobre isso... – disse ele, se sentando ao lado da moça. – Será que você poderia deixar eu dar uma tragada?
– Pensei que você não gostasse de fumar, mas tudo bem. – disse a moça, cedendo o cigarro ao Valter.
– Mas eu não gosto, nunca gostei. É que, agora eu preciso....
Uma lágrima então escorreu pelo rosto de Valter. Ele foi tentar enxugar, mas desistiu logo.
– Deve ser bem difícil para você voltar aqui. – falou a moça.
– E é... – respondeu ele.
– Você veio aqui por que? – a moça questionou. – Sentiu saudades? Veio atrás de perdão?
– Os dois. Ainda sinto sua falta toda noite. Quando o frio aperta então, me lembro dos abraços que você costumava me dar; aquilo esquentava o meu coração, mas hoje se tornaram apenas essas lembranças que só esfriam a minha alma. Eu sinto que vai tudo congelar até me quebrar em mil pedaços, sabe?
Valter desabou de vez, chegou a soluçar. A moça ao seu lado não parecia se importar muito, apenas aproveitou que ele não estava mais dando atenção ao cigarro e pegou-o de volta.
– Eu não entendo. – falou a moça após uma tragada. – Foi você quem terminou comigo.
– Foi um erro... foi um erro... – resmungou Valter enquanto enxugava o rosto. – Eu não aguento mais viver com a perda, muito menos com a culpa. Eu preciso de perdão.... você me perdoa?
A moça da jaqueta vermelha deu sua última tragada, soltou toda a fumaça no ar e jogou fora o que restara do cigarro. Olhou nos olhos de Valter e começou a falar:
– Aquele era pra ter sido um dos melhores momentos da minha vida, mas você conseguiu acabar com tudo só por causa da sua agressividade estúpida.
– Mas você estava olhando pro merda do seu amigo! – interviu Valter, mesmo com a garota parecendo nem prestar atenção.
– Eu te chamei pra dar uma volta, porque eu sabia que você estava nervoso e ia me causar problemas. Você parecia ter voltado ao normal, e no meio do caminho sugeriu para que fossemos para algum bosque para ficarmos mais à vontade, então viemos pra cá. Pensei que fossemos passar o resto dia dia juntos, sem brigas, mas você voltou a ficar agressivo novamente. Você já estava conseguindo me deixar nervosa também, então eu peguei e acendi um cigarro. Você gritava comigo dizendo que isso ia acabar me matando. Sem pensar, eu disse que aquilo era o que eu mais queria naquele momento. Foi aí que você arrancou o cigarro das minhas mãos e enfiou-o no meu olho. Minha retina queimava e, quando eu comecei a gritar de dor, você começou a me estrangular para fazer cessar o barulho. Em poucos segundos eu fiquei roxa, e logo eu não sentia mais nada. Desesperado, você me jogou dentro do lago e foi embora. Me abandonou, terminou comigo. – Eu só quero o perdão, Maria..... só o perdão.... eu quero o perdão....
Enquanto Valter repetia a mesma frase, Maria foi se evaporando como a fumaça de seu cigarro. As árvores do bosque foram se distorcendo até tomarem a forma de paredes. Tudo foi ficando branco, até que nada mais restava, apenas um quarto branco com um homem dentro, batendo incansavelmente sua cabeça na parede enquanto pedia “perdão”. Fora do quarto, dois homens de jaleco branco (com as escritas 'Hospital Psiquiátrico Santa Salvação'), discutiam sobre o paciente.
– Nós não deveríamos entrar lá e dar algo pra ele? Algum calmante ou algo assim? – perguntou o enfermeiro.
– Não, não. Deixe esse aí se foder sozinho. – respondeu o médico.
– Mas nós não devemos ajudar e tratar das pessoas daqui? Nosso dever não é salvar os pacientes? – perguntou o enfermeiro de novo, indignado.
– Esqueça, esse não tem mais salvação. – respondeu o médico, sem dar muita atenção. – Venha, vamos checar os outros pacientes.
Antes de acompanhar o doutor, o enfermeiro deu uma última olhada na sala do paciente, quando o mesmo veio em direção a porta. Encostou sua testa ensaguentada no pequeno vidro na porta pelo qual o enfermeiro observava. Utilizando-se da mancha de sangue, o paciente apenas escreveu no vidro com uma caligrafia não muito boa: “PERDOE”.












sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Maldição de Vanako.


  Já passava da meia noite, e a minha esposa já tinha ido dormir. Não consegui terminar a minha leitura na sala, então pensei que fosse melhor eu já ir me deitar também. Guardei o livro em seu devido lugar, chequei a porta da sala para saber se ela estava trancada e em seguida apaguei as luzes. Percebi então que ainda havia uma luz acesa no corredor, escapando pela porta entreaberta. Fui então averiguar o porquê da luz do quarto do meu filho estar acesa à uma hora dessas.
– Ei, filhão. – disse eu abrindo a porta e entrando devagar no quarto – Não era para você estar dormindo?
– Eu tô sem sono, pai. – disse ele, mudando sua postura na cama – Você pode me contar uma história?
– Uma história? – perguntei.
– Sim, daquelas de monstros! – respondeu ele, animado.
– Tem certeza? – perguntei enquanto sentava ao seu lado na cama. – Eu tenho uma bastante assustadora aqui, acho que iria tirar seu sono por muitas noites.
– Pai! Eu já tenho 10 anos, né? Não tenho mais medo dessas coisas. – vi ele fazendo força com os braços, querendo mostrar os músculos. – Já sou homem!
Dei uma breve risada, e então tomei fôlego.
– Bom, vou contar pra você a história de quando eu era mais novo e morava com o seu avô em um sítio no interior de São Paulo. Haviam muitas histórias sobre assombrações naquela época, chegavam a dizer frequentemente que até nossa família era amaldiçoada. Enfim, seu vô me colocava para dormir todas as noites quando eu tinha a sua idade, e ele sempre me pedia para repetir a seguinte frase:
“Estou à salvo de Vanako, eu aqui dentro e ele lá fora, até que se ponha a Aurora”.
Eu não sabia para que servia a frase, seu vô apenas dizia que era uma espécie de oração para afastar as coisas ruins, as energias negativas. E ele dizia isso com uma expressão extremamente séria, como se aquilo fosse mesmo de grande importância, de enorme urgência. Naquela época eu não entendia direito sobre isso, mas sempre repetia a mesma coisa antes de dormir. E isso foi se estendendo, mês após mês eu continuava a fazer a mesma oração. Um dia, porém, seu avô esquecera de me avisar sobre ela, e então eu adormeci em silêncio. Eu não orei porque não fui lembrado, eu só não orei porque eu estava curioso e queria saber o que iria me acontecer. E essa curiosidade quase me matou.

– Nossa, pai! – disse meu filho, puxando o lençol mais pra perto do seu queixo – E então, o que aconteceu?

– Ah, no começo do meu sono, nada. Mas, assim que se passaram alguns suspiros, eu senti a atmosfera do meu quarto mudar. O ar parecia estar mais pesado, meu coração começou a funcionar a todo vapor. O vento violentava a janela, e o jogo de sombras provocava umas tenebrosa imagem no meu quarto. Como se as paredes fossem a tela, e as sombras fossem pincéis amaldiçoados com as cores da morte. Eu queria sair da minha cama, mas eu não conseguia. Era como se eu estivesse sendo prensado contra o meu leito. Minha visão foi ficando turva, o meu quarto começou a se retorcer. Um sussurro ardiloso roçava em meus ouvidos. Tentei fechar os olhos, mas estes se recusavam à atender o meu comando. A pior parte foi quando a minha cama começou a tremer inesperadamente, e o quarto se retorcia cada vez mais, o que fazia eu ver imagens estranhas nas paredes. Gritos começavam a se misturar com aquela voz que eu ouvira antes, e tudo isso não queria sair da minha cabeça. Eu não conseguia pedir ajuda, minha voz não funcionava. De repente, tudo parou. As vozes, os gritos, o quarto retorcido, tudo. Fechei meus olhos aliviados, agradecendo por aquele pesadelo ter acabado. Foi então que eu senti um abraço gelado apertando cada um dos meus ossos. Abri meus olhos e me deparei com uma figura horrenda, de aparência cadavérica, uma pele vermelha cor de sangue e olhos negros que pareciam saltar fora de suas órbitas, mas que ainda assim insistiam em me encarar. Paralisei de medo, novamente. A criatura parou de me abraçar, mas logo em seguida me pegou pela perna esquerda e tentou me arrastar. Então, devido a adrenalina (ou até mesmo instinto), recuperei meus movimentos e me agarrei à cama. Mas, mesmo a coisa sendo forte, aquilo não conseguia me arrastar junto com a cama. Ao ver que eu estava resistindo, o bicho lançou um grito ensurdecedor que fez com que eu me soltasse de lá e cobrisse meus ouvidos. Por sorte, tal grito também foi forte o bastante para acordar o seu avô, que veio correndo pelo corredor e entrou com tudo no meu quarto, e com as mãos protegendo os ouvidos, ele se pôs a gritar:
“ESTOU À SALVO DE VANAKO, EU AQUI DENTRO E ELE LÁ FORA, ATÉ QUE SE PONHA A AURORA ”
O demônio então gritou mais ainda, se contorceu e, em seguida, fugiu pela janela do quarto. Seu avô veio me perguntando se eu estava bem, e fez eu jurar que eu nunca mais ia deixar de fazer a oração de novo.

– Nossa... – suspirou meu filho, com uma cara muito assustada. – Essa história foi realmente demais!
– Sim, sim. – disse eu, me levantando da cama. – Agora é hora do senhor dormir, certo?
– Ah.... tudo bem. – disse ele, meio emburrado.
Fui em direção ao interruptor, mas antes de apagar a luz olhei pela janela.
– Pai? – chamou meu filho.
– Oi....
– Por que você tá com essa cara assustada?
– Filho... – sussurrei. – Eu preciso que você me prometa uma coisa.
– O que foi, pai? – perguntou ele, vindo em minha direção.
– Quero que você prometa que, a partir de agora, repita sempre antes de dormir: “Estou à salvo de Vanako, eu aqui dentro e ele lá fora, até que se ponha a Aurora”.
Meu filho então, assustado e sem entender direito, olhou pela janela, e aquele velho par de olhos negros não parava de nos observar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Paraíso.

Eu e alguns amigos escritores aqui da minha cidade combinamos de fazer um mini-projeto (contos baseados em músicas, só para passar o tempo). Cada um escolheu uma música e fez com que a letra dessa música fosse base para o roteiro do conto.
Eis a música no qual meu conto é baseado e, logo abaixo dela, o conto:



domingo, 8 de janeiro de 2012

Eles Vieram do Espaço


  Estavam todos assustados. Mamãe e papai corriam desesperados, de um lado para o outro. Quase tropeçavam no carpete de escamas. Muitos e muitos gritos rasgavam pelas ruas. Aquela invasão era realmente assustadora, ainda mais para mim, um recém-nascido.
  Eu observava tudo com meus olhos pequenos. Via a expressão de desespero nos rostos dos meus pais. Papai tentava segurar a porta tremulenta com seus enormes braços, mas não adiantava muita coisa. Eles deviam estar em bando, pois a porta estava quase cedendo. Meu pai gritou algo como “Leve-o para cima!” para a minha mãe, que então me agarrou e subiu correndo as escadas. Os passos pesados da minha mãe não abafavam os gritos relutantes do meu pai.
  Numa tentativa de nos salvar, papai se incendiou para tentar queimar os invasores. Matou alguns deles, mas eles eram muitos. Mamãe gritava comigo no colo, e nós observávamos o papai e alguns dos seres sendo consumidos pelo fogo imensurável. Ardia os corpos lá embaixo. Ardia meu coração aqui em cima.
  Mamãe entrou em minha frente, queria me proteger a todo custo. Como se eu fosse algo especial, algo valioso para ela. Por mais que eu não entendesse direito o que ela dizia, tinha certeza de que ela estava tentando me acalmar, me falando que tudo ia ficar bem. Infelizmente eu sabia que não seria bem assim.
Alguns deles passaram com um pouco de dificuldade sobre os corpos em chamas na porta de minha casa.  Subiram as escadas arrastando-se com seus trajes, com uma sede incontrolável de matar. Eu sabia, eu sentia isso. Cortaram os braços de minha mãe com um objeto incandescente. Não satisfeitos, enterraram esse mesmo objeto em seu peito. Ela caiu ao meu lado, com seus olhos lacrimejantes se fechando lentamente. Nada mais me protegia.
  Travei meus olhos em todos aqueles seres, com seus trajes sujos de sangue e seus capacetes espaciais rachados. Mamãe e Papai sempre me contavam estórias sobre eles e suas crueldades, mas eu achava que eram só estórias. Eles vieram atrás de recursos em nosso planeta, pois não souberam cuidar dos recursos deles. Foi o meu primeiro contato com os Humanos, e provavelmente seria o último. Fechei os olhos e não vi mais nada.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Paulinangers: Os Power Rangers do interior

Sinto dizer que o dono desse blog que vos posta participou da bagunça.
Não tenho o que descrever... bem, assistam por conta própria.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Minecraft: Fazenda Automática

O @renato_gm, que não cansa de aparecer por aqui, fez mais um dos seus vídeos sobre peripécias no Minecraft. Dessa vez ele ataca como Engenheiro Agrônomo e mostra o seu método de colheita utilizando pistões e redstones. Vale a pena dar uma olhada (mesmo que você não entenda muito, assim como eu.)



Se inscreva no canal do Renato, siga-o no Twitter e se quiser ver mais vídeos sobre minecraft, você também pode clicar aqui ou no seu respectivo marcador.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Escapando dos Pôneis Malditos (ou quase)


Da série: pegue um viral idiota e faça uma tira mais idiota ainda.

E, se você não viu o vídeo dos pôneis malditos, aproveite agora pra fechar a página do blog e não ficar com essa merda na cabeça veja agora:

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Colocando suas experiências em prática: Panda VS. Zombies



  Você, caro visitante do Marco Versus Blogspot, que já leu o Guia de como REALMENTE sobreviver à um ataque de Zumbis e achou que ele seria inútil... você estava certo você se enganou! Chegou a hora de testar suas habilidades na prática virtual com o viciante Panda Vs. Zombies! (clique no link ao lado ou na imagem acima para jogar. As instruções estão no próprio jogo/site da UOL.)


via: @UOLJogos